À janela
O sono desaparece, manhã cedo, ao primeiro toque do despertador.
Ardem os olhos, pouco dormidos e ainda mal abertos.
Enquanto bebo a água, que mata a secura da noite, vejo através da vidraça, o sol nascer, cor de fogo, por entre os salpicos de chuva, na manhã luminosa de Outono.
Procuro a caixa, onde guardo as folhas de origami. Sinto vontade de construir aves; - a andorinha da Primavera com corpo esguio e aerodinâmico, - a gaivota marginal sempre de pescoço imerso, à procura de repasto. Construo-as.
Ainda que por breves momentos, sempre que possível, passaremos a ficar as três à janela, para alegrar o dia de quem passa.
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