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Afectos

Porque a vida é feita de afectos ...

Afectos

22
Mar21

Março


 



Março é mês de Primavera, de árvores nuas a florir

de andorinhas a esvoaçar

de dias maiores, de caminhadas

de andar à beira mar!



Mês do ananás, do Kiwi, da pera, maçã e limão

da tangerina , da laranja, das ervilhas do salsifi

Da gipsofila, do girassol, da acelga e do agrião



Mês dinâmico este Março, repleto de comemoração ;

Partem Coutinho e Sacadura, regressa a Lisboa Colombo

Tem como filhos o Infante, Ovídio , Camilo, Van Gogh

Herculano, Presença e Orpheu, e até nasce a televisão.

E os Lusíadas de Camões, têm a primeira publicação!

Tem o dia do Pai, da Mulher. Do bibliotecário, e da água

Pode ter Páscoa, e Entrudo, e até Equinócio tem.

Há Chuvas, frios, trovoadas, …oh Março és um valentão!

FC

14
Nov20

A vda

A vida muitas vezes parece-nos cor-de-rosa, mas lá atrás, em certas ocasiões, está tudo desfocado e meio turvo, o que por um lado nos limita a visão e nos impede de seguir em frente sem receios e sem duvidas, mas por outro nos obriga a caminhar sem culpas, com firmeza, determinação e força de vontade.

Para lá do embaciado, acredito que haverá sempre Sol e muita luz.

Força!
03
Jun20

Confinamento

Nesta aparente normalidade

há tanto que está a faltar

são os abraços e os beijos

um passeio à beira-mar

É o teatro, o bailado

um concerto ou exposição

é beber uma cerveja

sem recear contaminaçao

É estar junto dos amigos

e prolongar o serão

é recordar e viver

e é rir até mais não...
01
Mar19

Março


Março é mês de Primavera, de árvores nuas a florir

de andorinhas a esvoaçar

de dias maiores, de caminhadas

de andar à beira mar!



Mês do ananás, do Kiwi, da pera, maçã e limão

da tangerina , da laranja, das ervilhas do salsifi

Da gipsofila, do girassol, da acelga e do agrião



Mês dinâmico este Março, repleto de comemoração ;

Partem Coutinho e Sacadura, regressa a Lisboa Colombo

Tem como filhos o Infante, Ovídio , Camilo, Van Gogh

Herculano, Presença e Orpheu, e até nasce a televisão.

E os Lusíadas de Camões, têm a primeira publicação!

Tem o dia do Pai, da Mulher. Do bibliotecário, e da água

Pode ter Páscoa, e Entrudo, e até Equinócio tem.

Há Chuvas, frios, trovoadas, …oh Março és um valentão!

11
Jul18

Recreio

Recreio

A algazarra, risos e brincadeira, arrebatavam o olhar e atenção de quem passava junto à vedação da escola primária.

Num banco, três meninas sentadas, aproveitavam a sombra do álamo. Duas conversavam e riam muito. A terceira, de ar triste, parecia distante de todos os outros colegas, mesmo das que se encontravam ao seu lado.

Aquele olhar distante focado em cada pessoa que passava na rua, não me passou despercebido.

Pensei chama-la e perguntar se estava bem; comprar na charcutaria em frente uma guloseima e oferecer-lhe; bater à porta e alertar um funcionário; abraça-la….

Limitei-me a sorrir para ela

Entrei na loja….. comprei pão e saí.

Voltei pelo mesmo passeio e lá estava a menina, triste, de olhar fixo e distante…. Aproximei-me um pouco mais da vedação, sorri e pisquei-lhe o olho…. Sorriu-me… Sorrimos.

Perguntei-lhe se não brincava…. As meninas que estavam ao seu lado voltaram-se para ela e perguntaram:

- Queres brincar?

A menina do olhar triste sorriu, piscou-me o olho, juntou-se às outras meninas e brincou.

As crianças nunca deviam estar tristes!

Fátima Camilo

11.07.2018
11
Jul18

Recreio

Recreio

A algazarra, risos e brincadeira, arrebatavam o olhar e atenção de quem passava junto à vedação da escola primária.

Num banco, três meninas sentadas, aproveitavam a sombra do álamo. Duas conversavam e riam muito. A terceira, de ar triste, parecia distante de todos os outros colegas, mesmo das que se encontravam ao seu lado.

Aquele olhar distante focado em cada pessoa que passava na rua, não me passou despercebido.

Pensei chama-la e perguntar se estava bem; comprar na charcutaria em frente uma guloseima e oferecer-lhe; bater à porta e alertar um funcionário; abraça-la….

Limitei-me a sorrir para ela

Entrei na loja….. comprei pão e saí.

Voltei pelo mesmo passeio e lá estava a menina, triste, de olhar fixo e distante…. Aproximei-me um pouco mais da vedação, sorri e pisquei-lhe o olho…. Sorriu-me… Sorrimos.

Perguntei-lhe se não brincava…. As meninas que estavam ao seu lado voltaram-se para ela e perguntaram:

- Queres brincar?

A menina do olhar triste sorriu, piscou-me o olho, juntou-se às outras meninas e brincou.

As crianças nunca deviam estar tristes!

Fátima Camilo

11.07.2018
25
Abr18

Venho falar-te de Abril

Venho falar-te de Abril
Abril, consta que deriva do Latim Aprilis, ou seja, abrir….
Abril tem dias para muitas coisas; dia da poesia, da mentira, do livro infantil, do escoteiro, do diplomata, da dança, do beijo e sei lá que mais.
Abril, permitiu que eu te esteja a escrever estas linhas, sem ter que pensar e repensar nas palavras que utilizo, sem receio que sejam censuradas, ou que não possam ser lidas por ti.
Venho falar-te de Abril
É Primavera, há flores pelos campos e esvoaçam as andorinhas. Há morangos e as árvores preparam-se para gerar os seus frutos. Os riachos correm menos fortes, embora seja mês de águas mil.
Nas praias, os devotos ao mar, espairam-se na areia doirada, ou percorrem as margens recebendo os salpicos das ondas.
Correm brisas amenas, o sol aquece, os dias são mais longos.
Quero falar-te do nosso Abril
Foi lindo aquele dia 25! Ainda me emociono ao falar dele, volvidos 40 anos. Os cravos, as cantigas, os sorrisos, a alegria estampada nos rostos, a euforia da liberdade, as confraternizações, as manifestações, as comissões, a liberdade de voto, a alfabetização, o recenseamento, eu sei lá… só quem viveu esta época pode avaliar tamanho encantamento.
Houve erros? Sim houve, mas foi bonito. É bonito!
Sabias que em Abril, dia 2, no ano de 1976, foi aprovada a Constituição da República Portuguesa?
Experimenta lê-la, e repara como estão a tentar mudá-la, ou mesmo matá-la. Parece que alguns querem privar-nos de liberdade. E depois, como te escrevo assim ao correr da pena?
Venho falar-te de Abril
Temos que o defender! Não podemos baixar os braços. Abril trouxe-nos a liberdade, a democracia, a paz, o pão e a igualdade. Este foi o espírito de Abril! Este tem que ser o nosso espírito, independentemente das crenças politicas. Aliás, se essas crenças existem, a Abril se devem, não é verdade?
Falemos sempre de Abril!
Fátima Camilo
29
Mai17

Estados d’alma


Estados d’alma



Olhos pregados no ecrã. Joga a equipa favorita. Tudo a rigor… equipamentos, campo, reportagens, adeptos, publicidade, festa, álcool, linguagem vernácula, derrota, vitória.

Comando na mão, refastelado no sofá, barriga cheia, café tomado, casa limpa e confortável, com boa vista para o mar, contas em dia, serenidade, acima de tudo paz.

Passagem para outro canal; políticos, oportunistas, vigaristas, fazedores de dinheiro em proveito próprio. Tudo igual. O poder corrompe-os sem excepção. Odeio política!

Outro canal; religiosos, doutrinas, fé, fanatismos, extremismos, intolerância. Não sei o que pregam ou por quem pregam… quantos “deus” há?

Outro canal, garoto moreno, cara suja, espaço degradado e descuidado., provavelmente é o seu lar, numa terra distante onde há muito ninguém sossega. Tem os olhos tristes. Diz que tem fome, que come relva e certamente o que mais queria era comer pão.

O meu estômago está empanturrado do sedentarismo, deste sofá onda nada acontece, onde a vida me passa ao lado.

As teclas…. É com essas que “converso”. O menino tem fome…

Para onde caminhamos!



FC

14
Jun16

Becas


Becas



Ao longe, muito ao longe, sabias sempre quando eu estava a chegar

Percebi que não me aguardavas como sempre fazias

Sabia-te doente, procurei-te

Não vieste à porta para me receber com aquele olhar feliz e matreiro, pedindo mimos e exigindo a minha atenção

Hoje não cruzámos o nosso olhar cúmplice, não houve mimos…

Eras uma porreiraça e boa vizinha!

Quem te autorizou a partir, minha querida amiga de quatro patas?

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