A Fonte
Falo sempre da fonte com muito amor.
Respirar aquele ar selvagem num dia de calor escaldante dá um prazer enorme, especialmente porque não tarda chegaremos à água fresca.
O percurso é deslumbrante!
Todas aquelas arvores e plantas que nos aparecem pela frente, de tamanhos impressionantes, parecem irreais.
O seu estado selvagem e desordenado, confere-lhes um ar de alucinadas, já que, como que por magia, ocupam deliberada e aleatoriamente todas as brechas ainda disponíveis naquele pedaço de natureza.
Os tons, dos diversos tipos de folhagens, misturam-se dando ainda mais encanto ao percurso.
Finalmente a fonte, sempre bela, e como que por magia, mesmo nos dias mais quentes de Verão, com água gélida a correr, para nos matar a sede.
Por vezes apetece ficar ali naquele canto e voltar apenas ao entardecer, para evitar o Sol ardente e até lá, poder ficar simplesmente a contemplar as nuvens e a ouvir os murmúrios dos salpicos, que batem nas pedras que lhes servem de leito, num caminho sem regresso.
E corre sem nunca parar
à procura de amanhã
vai à fonte buscar água
P’ra regar a hortelã
Assim cresce esta criança
regando sempre o canteiro
e é no sorriso rasgado
Que o faz o ano inteiro
Mais um dia, mais uma folha
Ambos crescem com confiança
E é nesta perfeita harmonia
Que o futuro se faz com esperança
Que cheire sempre a hortelã
no sorriso de qualquer criança
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